Vez outra acontece de termos agradaveis surpresas em despretensiosas sessões na tv a cabo, e foi o que me ocorreu no último final de semana. Era um completo ignorante sobre a diretora polonesa Anieszka Holland e seu ótimo "Copying Beethoven", nem mesmo sabia que ela também dirigiu o sucesso infantil do começo dos anos 90 "The Secret Garden", talvez pelo fato de ser majoritariamente uma diretora dedicada a produções televisivas.
Nesse caso, trata-se de uma exploração ficcionista da vida de Beethoven em seus ultimos meses de vida trabalhando em sua Nona Sinfonia. Ano de 1824, Beethoven, interpretado pelo competente Ed Harris, está correndo contra o tempo para terminar sua nova sinfonia. Seu último sucesso ja tem alguns anos e o compositor se vê acometido pela surdez, solidão e grandes conflitos interiores. A apresentação pública de sua nova obra se aproxima, de forma a se fazer necessário a contratação de um copista para auxiliá-lo a terminar em tempo o trabalho. Diane Kruger interpreta a jovem estudante de conservatório e aspirante a compositora Anna Holtz, que com o passar do tempo se envolve de maneira visceral com o maestro, passando a compreender o sentimento que sua música permeia.
Eis o ponto alto do filme: Com a impossibilidade de reger a orquestra sem perder a noção do tempo, obviamente pela falta da audição, Bethooven segue o ritmo de sua assistente e conduz brilhantemente sua última sinfonia. É uma cena belíssima, e a primeira entrada do coral de vozes feminina é algo de arrepiar, literalmente!
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