terça-feira, maio 27, 2008

Sydney Pollack, a life in movies.


Com Tootsie de 1982, Pollack tornou-se um grande player de Hollywood, recebendo 10 indicações ao Oscar daquele ano, inclusive o de melhor filme.

Slideshow do jornal The New York Times em homenagem ao grande cineasta.

domingo, maio 25, 2008

Ocaso por acaso.

Futebol é a verdadeira paixão nacional, esse talvez seja o maior óbvio ululante rodriguiano. Romário, um dos principais jogadores de todos os tempos encerrou a carreira recentemente, sim, é melancólico, todos ficamos chateados por não poder contar mais com a beleza de seu talento nos gramados, mas isso em nada se compara à emoção despertada nesse domingo de outono no hemisfério sul. Na primavera francesa um gigante se retira de cena. Um gênio da raquete direto do país das chuteiras mais uma vez nos comove com a sua simples presença, pois é desse misterioso carisma que ídolos são feitos. É bem verdade que sua ausência dos palcos já vem de certa data, mas existia uma esperança coletiva do retorno do grande artista. Afinal, ídolos são sobre-humanos, quase super-heróis, com poderes especiais sobre os corações e mentes dos pobres mortais. E agora? Quem poderá nos salvar?
Entendo, mas não concordo com os que reclamam da falta de herdeiros da "onda Guga" no tênis nacional. Guga é Pelé, é Maradona, e não vejo ninguém reclamando da falta de "planejamento" dos cartolas do futebol nesse quesito. É óbvio que planejamento e organização são fundamentais para formação de grandes atletas em qualquer esporte, não obstante, não se planeja a formação de deuses do olimpo, pois é exatamente o fator aleatório que os justificam!
Lágrimas pares o esporte só me arrancou quando da tragédia de Ímola... Mas desta feita o luto se restringe às quadras, pois o ídolo nos encanta com sua simples presença, e Guga é craque dentro e fora delas.

quarta-feira, maio 21, 2008

Jeans rules!


Há exatos 135 anos, Levi Strauss e Jacob Davis conseguiram a patente de uma nova calça reforçada com rebites, usada basicamente para o trabalho pesado. Hoje todos tem um modelo no armário. Em celebração ao aniversário da peça mais pop do vestuário global, a Magnum Photos editou um interessante ensaio, com usuários de diversas épocas e estilos. Nem preciso mencionar minha foto favorita...




Volta da CPMF? Panelaço neles!!

Deu no blog do Josias:
Almoço entre líderes governistas onde decidiu-se o seguinte:

1. A bancada governista unirá forças com a oposição para aprovar na Câmara o projeto que regulamenta a chamada emenda 29. Obriga o governo a reforçar o orçamento da Saúde. Reforço escalonado. Que alçará à casa dos R$ 20 bilhões em 2011;

2. Para evitar que Lula vete a nova lei, a tropa governista decidiu providenciar as fontes que proverão a verba extra a ser injetada nas arcas da Saúde;

3. Com o apoio dos líderes de todos os partidos do consórcio que dá suporte legislativo a Lula, será levada a voto uma proposta que ressuscita a CPMF. Em vez de emenda constitucional, mais difícil de aprovar, optou-se pelo projeto de lei complementar;

4. A alíquota do tributo revivido será de 0,10% (a antiga CPMF, derrubada pelo Senado em dezembro de 2007, mordia dos cheques emitidos pelos brasileiros 0,38%). Estima-se que a nova CPMF renderá ao Tesouro uma coleta adicional de cerca de R$ 10 bilhões por ano;

5. Decidiu-se propor também a elevação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos cigarros e das bebidas alcoólicas. A forma e os percentuais serão objeto de novas tratativas. Busca-se uma arrecadação adicional de R$ 1,5 bilhão ao ano;

6. Deliberou-se, por último, que a recriação da CPMF e a majoração do IPI serão votadas concomitante com o projeto da emenda 29. Abandonou-se a idéia de tratar das fontes de verbas para a Saúde no âmbito da reforma tributária.

O almoço em que todas essas decisões foram tomadas ocorreu na casa do líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO). Lá estavam, além do anfitrião, representantes do PMDB, PT, PP, PL e PR. Participou também Henrique Fontana (PT-RS), líder de Lula na Câmara.

"Estamos fechados com essas propostas", diz Fontana. "É a forma de tratar a questão da Saúde de forma responsável."

O blog ouviu o anfitrião Jovair Arantes. “Nós, da base do governo, partimos do óbvio: temos que resolver os problemas da Saúde, que estão se agravando. Vamos votar a emenda 29. Há maioria para aprovar. Então, temos de responder à seguinte pergunta: de onde virá o dinheiro?”

Continue-se ouvindo Jovair: “Não adianta dizer que você vai a Paris três vezes por mês, para beber os melhores vinhos e comer as melhorias comidas, sem definir quem vai pagar a conta. A emenda 29 está do mesmo jeito. Muito bonita, mas não diz de onde tirar o dinheiro.”

Mais Jovair: “Hoje, temos excesso de arrecadação [de tributos]. Mas não há segurança de que esse excesso vai existir amanhã. Portanto, temos de providenciar fontes definitivas para a Saúde.”

Ainda o líder do PTB: “Quando você aumenta a renda na sua casa, usa o dinheiro extra para melhorar a qualidade de vida da família. Compra roupa nova para a mulher, troca de carro, passa a comer o que não comia. No Brasil é a mesma coisa. Os recursos extras que estão entrando vão servir para fazer investimentos outros: o PAC, a infra-estrutura, o saneamento.”

Últimas palavras de Jovair: “Então, decidimos, a base toda unida, fechar questão em torno da aprovação da emenda 29, com projetos em cima dela ou junto com ela, que resolvam o problema do financiamento da Saúde. Não houve divergência. Poucas vezes participei de encontro em que a concordância alcançou esse grau de coesão.”

domingo, maio 18, 2008

Beijo de Judas.

"A perfídia de Judas não era desconhecida para Jesus... (João 13:37). Mas até Jesus ficou maravilhado com a ousadia de um discípulo que traiu o seu mestre com um sinal de afeição."
Então Marina era a mãe do PAS (Plano Amazônia Sustentável)? Criança recém-nascida deveria ficar no colo de sua mãe, e não de um pai "bastardo". Talvez, a entrega da gestão do PAS a Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) tenha sido o fato deflagrante da renúncia da ministra, porém apenas a gota d`água de uma situação que parecia de fato ser insustentável. A toda poderosa Dilma parece ter minado a importância de Marina nas deliberações do segundo mandato de Lula.
O mal-estar entre Marina Silva e Dilma Rousseff (Casa Civil) começou em julho do ano passado, por conta das negociações em torno do edital para as concessões do leilão das usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (RO). Após desentendimentos, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) concedeu licença prévia para as hidrelétricas serem construídas, mas estabeleceu uma série de regras.
Para Dilma, o argumento era econômico e técnico: as usinas produzirão 6.450 MW --a maior obra de energia do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Marina argumentava, por outro lado, que as hidrelétricas só podem sair do papel se ficasse constatado que não iriam trazer prejuízos ambientais à região.
Perder prestígio por fazer o trabalho para o qual foi contratada? No mínimo incoerente... Agora, não se sabe se estrategicamente ou não, mas a renúncia foi numa data mais que oportuna em termos de marketing pessoal: Marina deixou o ministério na semana em que a BBC de Londres fazia uma série de programas sobre a Amazônia. Havia 26 jornalistas da rede britânica de rádio e TV no país. Marina deixou o governo na semana em que Angela Merkel, a chanceler da Alemanha, veio se reunir com Lula em Brasília.
Com essa Lulinha Iscariotes não contava.