Futebol é a verdadeira paixão nacional, esse talvez seja o maior óbvio ululante rodriguiano. Romário, um dos principais jogadores de todos os tempos encerrou a carreira recentemente, sim, é melancólico, todos ficamos chateados por não poder contar mais com a beleza de seu talento nos gramados, mas isso em nada se compara à emoção despertada nesse domingo de outono no hemisfério sul. Na primavera francesa um gigante se retira de cena. Um gênio da raquete direto do país das chuteiras mais uma vez nos comove com a sua simples presença, pois é desse misterioso carisma que ídolos são feitos. É bem verdade que sua ausência dos palcos já vem de certa data, mas existia uma esperança coletiva do retorno do grande artista. Afinal, ídolos são sobre-humanos, quase super-heróis, com poderes especiais sobre os corações e mentes dos pobres mortais. E agora? Quem poderá nos salvar?
Entendo, mas não concordo com os que reclamam da falta de herdeiros da "onda Guga" no tênis nacional. Guga é Pelé, é Maradona, e não vejo ninguém reclamando da falta de "planejamento" dos cartolas do futebol nesse quesito. É óbvio que planejamento e organização são fundamentais para formação de grandes atletas em qualquer esporte, não obstante, não se planeja a formação de deuses do olimpo, pois é exatamente o fator aleatório que os justificam!
Lágrimas pares o esporte só me arrancou quando da tragédia de Ímola... Mas desta feita o luto se restringe às quadras, pois o ídolo nos encanta com sua simples presença, e Guga é craque dentro e fora delas.
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