quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Qualquer semelhança é mera coincidência...ou não.
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Copying Beethoven
Vez outra acontece de termos agradaveis surpresas em despretensiosas sessões na tv a cabo, e foi o que me ocorreu no último final de semana. Era um completo ignorante sobre a diretora polonesa Anieszka Holland e seu ótimo "Copying Beethoven", nem mesmo sabia que ela também dirigiu o sucesso infantil do começo dos anos 90 "The Secret Garden", talvez pelo fato de ser majoritariamente uma diretora dedicada a produções televisivas.
Nesse caso, trata-se de uma exploração ficcionista da vida de Beethoven em seus ultimos meses de vida trabalhando em sua Nona Sinfonia. Ano de 1824, Beethoven, interpretado pelo competente Ed Harris, está correndo contra o tempo para terminar sua nova sinfonia. Seu último sucesso ja tem alguns anos e o compositor se vê acometido pela surdez, solidão e grandes conflitos interiores. A apresentação pública de sua nova obra se aproxima, de forma a se fazer necessário a contratação de um copista para auxiliá-lo a terminar em tempo o trabalho. Diane Kruger interpreta a jovem estudante de conservatório e aspirante a compositora Anna Holtz, que com o passar do tempo se envolve de maneira visceral com o maestro, passando a compreender o sentimento que sua música permeia.
Eis o ponto alto do filme: Com a impossibilidade de reger a orquestra sem perder a noção do tempo, obviamente pela falta da audição, Bethooven segue o ritmo de sua assistente e conduz brilhantemente sua última sinfonia. É uma cena belíssima, e a primeira entrada do coral de vozes feminina é algo de arrepiar, literalmente!quinta-feira, fevereiro 05, 2009
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Inside Sudan
Dia Mundial do Câncer
A ação faz parte de um projeto mais amplo, lançado há dois anos e que será desenvolvido até 2012. As atividades são guiadas pelo tema “Crianças de hoje, mundo de amanhã”, que atenta para a necessidade da adoção de hábitos saudáveis para prevenção do câncer desde a infância. Em 2009, a campanha pretende mobilizar familiares, profissionais de saúde, educadores e o poder público para a promoção da saúde e prevenção do câncer, por meio do estímulo a um estilo de vida saudável para as crianças, com escolhas alimentares adequadas e uma vida fisicamente ativa.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, pelo menos 2,6 milhões de pessoas morrem anualmente por causa do excesso de peso ou obesidade. A UICC estima que a alimentação inadequada, o sedentarismo, o sobrepeso e a obesidade sejam responsáveis por aproximadamente 30% dos casos de câncer nos países ocidentais, o que representa a segunda maior causa evitável de câncer, atrás apenas do tabagismo. A campanha pretende alertar para a necessidade do equilíbrio entre a energia ingerida por meio da alimentação e a gasta com atividades físicas.
OrientaçõesUma criança obesa tem chances até 30% maiores de se tornar um adulto obeso e o excesso de peso corporal em adultos é um fator de risco comprovado para câncer. Há evidências de que o excesso de gordura corporal aumente o risco do desenvolvimento de vários tipos de câncer, como de endométrio, rim, vesícula, pâncreas, mama e intestino. A primeira atitude que os pais podem tomar para prevenir a obesidade de seus filhos é alimentá-los somente por meio da amamentação até os seis meses de idade. Isso reduz em 13% as chances de a criança tornar-se obesa.
Hábitos saudáveis adquiridos desde cedo têm forte impacto ao longo da vida. Grande parte dos hábitos é estabelecida durante a infância, e o ambiente em que as crianças crescem - em casa, na escola ou em suas comunidades - as influencia de forma bastante intensa. Por isso, é importante que sejam estimulados, desde a infância, hábitos como alimentação saudável e a prática de atividade física. A escolha de um prato de comida colorida, com mais frutas, verduras e legumes, e menos gorduras, deve ser incentivada desde cedo. Além disso, os pais também devem estimular seus filhos a serem fisicamente ativos, reduzindo o tempo de atividades e brincadeiras mais sedentárias, como assistir televisão.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 1,6 bilhão de adultos no mundo estão com excesso de peso e ao menos 400 milhões desses são obesos. As projeções indicam que em 2015 esses números subam para 3,3 bilhões e 700 milhões, respectivamente. A estimativa é que uma em cada 10 crianças em idade escolar esteja com excesso de peso. Dessas, de 30 a 45 milhões são obesas, o que representa de 2 a 3% de todas as crianças do mundo com idade entre 5 e 17 anos. No Brasil, de acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiares, POF, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, 40,6% da população está com excesso de peso e 11,1% dos brasileiros são obesos. Esse número representa praticamente o dobro da prevalência de obesidade observada em 1974, qu e era de 5,7%.
Ações de controleO Instituto Nacional de Câncer criou em maio de 2007 a Área de Alimentação, Nutrição e Câncer. O objetivo é produzir e reunir informações sobre a relação entre os hábitos alimentares e o câncer. A área funciona como um canal de consulta e troca de informações diretamente com estados e municípios, facilitando o trabalho de promoção de práticas alimentares saudáveis. Desenvolve projetos em parceria com diversas instituições como a Embrapa Agroindústria de Alimentos, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), universidades e empresas.
No âmbito do Ministério da Saúde, diversas ações são desenvolvidas para a promoção da alimentação saudável e da prática de atividade física, inclusive com o foco nas crianças. Destaque para do Programa Saúde na Escola, lançado em 2008 em parceria com o Ministério da Educação. Para os fatores de risco de câncer, o Programa utiliza os materiais de uma ação desenvolvida pelo INCA, o Saber Saúde, iniciada em 1998.
O objetivo é estimular a consciência crítica dos cidadãos de forma a que eles possam fazer opções conscientes que contribuam para sua saúde, a saúde coletiva e a do meio ambiente. O Saber Saúde tem como público-alvo alunos do Ensino Fundamental, envolvendo também professores e funcionários, alunos da Educação Infantil e do Ensino Médio, famílias e comunidades. Nos 26 estados e no Distrito Federal onde o Saber Saúde está implantado, sua cobertura é de 2.389.126 alunos e 120.284 professores. Até dezembro de 2008, 14.280 escolas já haviam sido sensibilizadas, sendo que 7.759 já estavam com o programa implantado.
O Ministério da Saúde também estabeleceu com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) metas para a redução dos teores de gordura trans dos alimentos industrializados no país. Até o final de 2010, conforme os parâmetros recomendados pela OMS, as gorduras trans não podem ultrapassar 2% do total de gorduras que compõem os alimentos.
terça-feira, fevereiro 03, 2009
Combustível do futuro.
"Se quisermos ser uma força na próxima geração de carros, temos que estar aqui."
Oji Baba, executivo da Unidade de Metais de Base da Mitsubishi
A Mitsubishi não é a única a pretender a produção de veículos com baterias de lítio-íon. A GM pretende lançar em 2010 um carro com bateria de lítio-íon e motor a gasolina. Nissan, Ford, BMW e outras tem projetos similares.
A demanda pelo mineral, usado há muito tempo em quantidades pequenas em medicamentos estabilizadores de humor e armas termonucleares, tem crescido com sua utilização em baterias de celulares e outros eletrônicos. Mas a indústria automotiva tem o maior potencial de utilização do lítio em grande escala. Mais leve que o níquel, ele daria maior autonomia aos carros elétricos.
A despeito da restrição interna pelo envolvimento estrangeiro na exploração dos recursos, analistas dizem, no entanto, que o país precisará investir centenas de milhares de dólares para viabilizar a produção nessa magnitude. O governo está investindo USD 6 milhões numa pequena fábrica perto do povoado de Rio Grande, onde espera lançar o primeiro esforço boliviano em escala industrial para extrair e processar o lítio. Morales quer que a fábrica fique pronta ainda neste ano.
"Temos as maiores reservas de lítio do planeta, mas, se não entrarmos na corrida já, perderemos essa chance. O mercado achará outras soluções." - Juan Carlos Zuleta, economista sediado em La Paz.
domingo, fevereiro 01, 2009
A/C Dra. Rodrigues.
O livro começa pelo período do papado de Leão X (1513-1521), que, sobretudo, foi um paladino dos artistas, um grande incentivador das grandes obras. Sob sua influência, Roma tornou-se o coração palpitante da cultura européia, o epicentro para onde alfuíam artistas, letrados, poetas e homens de espírito livre em geral. Oportunamente, poderei distender um pouco mais sobre esse e outros fascinantes capítulos da história da renascença, mas no momento atenho-me à uma específica parte do capítulo seguinte ao de Leão X, intitulado 'A Revolta dos Intelectuais', sub-capítulo III, que discorre sobre o desenvolvimento da medicina naquele período.
Recentemente, num agradável colóquio com uma amiga médica, falávamos sobre alguns aspectos das transformações ocorridas na medicina nas últimas décadas: avanços tecnológicos, proliferação de cursos, banalização da relação médico-paciente, sobrecarga de trabalho e a decadência da figura do profissional no atual status quo, de maneira a ser pertinente e divertida a comparação.
Na Renascença, os médicos receberam grande parcela da nova riqueza da Itália, vindo a ser uma classe de grande influência política. Petrarca, sentindo sua posição e seus benefícios ameaçados, denunciou, cheio de indignação, os altos honorários dos médicos, e a ostentação descabida de "seus mantos escarlates e capuzes enfeitados de arminho, seus anéis ofuscantes e esporas de ouro", e enviou uma carta ao enfermo papa Clemente VI, para que se precavesse contra eles:
Sei que vosso leito está cercado de doutores, e isso naturalmente me causa temor. Suas opiniões estão sempre em choque umas com as outras, e aquele que nada tem a dizer de novo passa pelo vexame de se ver numa situação inferior aos demais. Como o disse Plínio, eles negociam com as nossas vidas a fim de criarem um nome para si através de alguma novidade. No tocante a eles - o que se não dá com outras profissões - basta chamarem-se médicos para que se acreditem em tudo que dizem; no entanto, uma mentira do médico encerra mais um perigo que a de qualquer outra pessoa. Somente uma doce esperança é que não nos faz pensar nessa situação. Eles aprendem a sua profissão à nossa custa. Até a nossa morte lhes fornece experiência. Somente o médico é que tem o direito de matar com impunidade. Ó bondosíssimo Pai, considerai essa bando como um exército de inimigos! Lembrai-vos da advertência num epitáfio que um homem infeliz mandou gravar em seu túmulo: "Morri vitimado por muitos médicos."