terça-feira, outubro 07, 2008

Crise nos EUA?


Um dos chavões clássicos no ensino de ciências econônomicas é a piada de que toda resposta de um economista começa com a palavra depende... Sem querer fugir do clichê do neolítico moral, mas isso é o que deveria ser observado de forma empírica (na minha opinião pra quase tudo na vida), e poderia citar incontáveis motivos por ter usado o futuro do pretérito, mas pego apenas um exemplo que é mais que pontual:
Enquanto no epicentro da recessão mundial que se acerca, registrou-se variação negativa de 3,58% do índice dow jones da NYSE, praticamente todas as principais bolsas pelo mundo amargaram perdas muito maiores em termos percentuais, com destaque ao "desmoronamento" russo. Outras quedas significativas do dia: Bovespa, -5,43%; Chile, -4,89%; Israel, -3,03%; Peru, -9,27%; República Tcheca, -8,46% e Turquia, -8,62%.
Muitos economistas-oráculo apregoaram que o mundo não seria mais tão dependente da economia estado-unidense, fato que, me parece se comprovar em vários micro-cosmos da atividade econômica, mas... come on! Afirmar isso, é querer ser mais real que o rei-dólar... Serve de consolo aos colegas clarividentes, que até o competente e por mim muito admirado, professor Eduardo Gianetti da Fonseca, de certa forma também menosprezou o peso da economia americana em súas últimas palestras.
Diante de tal cenário de pânico-independente da sofisticação e volume de negócios-, me impressionou a pequena variação negativa de apenas 0,31% da bolsa da República Bolivariana da Venezuela. Paradoxos do capitalismo...

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