Exibido no Sundance 2008, com algumas premiações em festivais internacionais, o documentário FLOW entrou essa semana no circuito comercial dos EUA e promete causar no mínimo certo incômodo aos ávidos consumidores de Evian e cia. Filmado em 12 países, dirigido pela francesa Irena Salina, o documentário aponta que três ou quatro empresas dominam mais de 90% do mercado mundial de água engarrafada e utilizam-se de práticas criminosas para garantir que o fluxo do suprimento não seja interrompido. Entre outros, acusa o Banco Mundial de "obrigar" vilarejos africanos pobres -mas ricos em água potável- a vender seu bem mais valioso a gigantes do setor como Vivendi, Thames e Suez por valores irrisórios, em troca de assistência da entidade multilateral.
A verdade é que um simples indicador pode contribuir para uma maior relevância do assunto: O preço da gasolina nos EUA atingiu o nível de 4 USD o galão (por volta de R$ 1,70/Litro, bem mais barato dos R$ 2,40 que pagamos em média), e isso causou estremecimento e certo alvoroço na sociedade americana. O preço da quantidade equivalente de Evian engarrafada atinge o nível de USD 6,40, e disso quase ninguém se dá conta.
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